domingo, dezembro 11, 2005

Expectativas

Não é uma antevisão do próximo jogo com o Vitória de Setúbal, mas uma simples análise sobre o que se está a passar à nossa volta.
Menos meia centena de golos do que no mesmo período da época passada, falam por si, e explicam a luta cerrada para não descer, num ano em que descem quatro equipas. Em paralelo, os clubes tomam posição para partirem para os saldos de Dezembro, na ânsia de se reforçarem para a ‘guerra’, que se adivinha de vida ou de morte, na segunda volta.
Fomos contra a redução desde sempre, e explicámos porquê. Não vai resolver nenhum dos problemas do futebol português que está, como se sabe, formatado para servir os interesses dos três grandes, com prejuízo dos restantes e do próprio futebol, seja sob o aspecto desportivo, seja sob o aspecto da rentabilidade da Liga. É um problema que só se resolverá com medidas de fundo que não interessa aqui e agora, focar. O que é preciso é que os ‘nossos meninos’ consigam ir lá fora ganhar o dinheirinho, porque cá dentro, a gente ‘fia’!
Olhemos antes para a realidade que está à nossa frente, que é neste momento o que importa.
E desde logo uma primeira nota – apesar de nada ter feito para isso, antes pelo contrário, seja pelo lado Madaíl, seja pelo lado Valentim, a verdade é que o nosso futebol está muito mais equilibrado e, ao contrário do que vinham afirmando os ‘idiotas de serviço’, subiu de nível.
O segredo reside no mal dos outros, neste caso o Brasil. A enorme crise brasileira é responsável pela vinda de catadupas de jogadores desse País, ‘abençoado por Deus’, e que é, indiscutivelmente, a maior e melhor fábrica de jogadores de futebol do mundo!
Quem viu o derby madeirense, ou assistiu ao Leiria-Porto, para não falar outra vez no Benfica-Manchester, terá facilmente concluído que o futebol português pode, hoje, bater-se com qualquer um, graças a este contingente, que alimenta aliás outros países e outros campeonatos, desde a Europa ao Japão!
Digamos, para quem se lembra, que é uma versão do que se passava nos anos cinquenta e sessenta com os africanos provenientes do então Ultramar. Claro que o Brasil tem, neste aspecto, um potencial incomparável!
É nestas condições, portanto, que teremos de equacionar o futuro próximo do futebol português, (até por aqui se vê o erro da redução), e já agora, o futuro próximo do nosso Clube.
‘Daqui prá frente, tudo vai ser diferente...’
Saudações azuis.

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