quinta-feira, julho 26, 2007

Aí está ela…

A guerra, há tanto tempo anunciada, tenho direitos de autor sobre o conflito, sobre o poema épico que o há-de imortalizar, talvez tenha que repartir royalties com o criador de “El-Rei no Porto”, mas não é justo, ele adivinhou o romance, mas não previu que eram gémeas! Ana do norte versus Carolina do sul, uma secessão americana, se calhar com os papéis trocados, mas com muito mais romance!
Porque é que eu digo isto?! Porque fui a primeira vítima acidental, a primeira baixa, o dano colateral mais visível! Aconteceu ontem, abri o jornal sem querer, e pum, a bomba rebentou-me nas mãos!
O regimento encarnado do sul deu início às hostilidades, uma página inteira a disparar sobre a divisão azul e branca sedeada no Porto. E eu na terra de ninguém, desarmado.
Mas ainda bem que foi assim, ainda bem que o pessoal saiu finalmente dos abrigos, já não aguentava a hipocrisia das meias palavras, dos artigos de fundo sibilinos, toda a gente a fingir imparcialidade onde ela nunca existiu, quando estão todos onde sempre estiveram, ao serviço esmerado das suas damas.
Há muito que se sabia que o país é pequeno, e quando toca a negócios torna-se minúsculo, só cabe um galo na capoeira, dois no máximo, três é que nunca! E quanto ao resto, é o mesmo, quando a burocracia aumenta em Lisboa, o país tem que fazer dieta.
Como antigamente…
Saudações azuis.

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