terça-feira, setembro 18, 2007

Rábulas da segunda circular

A primeira anedota tem a ver com o incontornável Vieira do Benfica. Cuidado com o homem, não terá lido Maquiavel, nem precisa, porque tem a escola toda! A forma como se desembaraçou do incómodo Veiga, e dos processos judiciais que o perseguem, depois de uma coabitação tão íntima que até deu frutos… é de facto brilhante. Já não digo o mesmo no que toca a Fernando Santos porque podendo discordar das suas decisões técnicas, embora tenha sido ele que o escolheu, toda a gente reconhece tratar-se de um homem íntegro. Mas onde Vieira se revela um ilusionista consumado é na tentativa de se colar ao justo prestígio de Rui Costa junto da massa associativa benfiquista. Diz que vai fazer dele o futuro presidente, garantindo assim a sua própria longevidade (porque fabricar um presidente demora tempo) e ao mesmo tempo passa a mensagem omnipotente de quem designa os seus sucessores! Faz-me lembrar um antigo ditador que foi muito popular entre os soviéticos. Se não sabem, adivinhem.

A outra rábula tem sede em Alvalade, futura Sede da arbitragem nacional e internacional. Só tem graça pelo absurdo que é assistir ao espectáculo de um clube que foi sempre beneficiado pelas arbitragens e que quando surge algum lance duvidoso que o desfavoreça… desata num berreiro como se tivesse sido espoliado de um campeonato! Quem foi espoliado de um campeonato foi o Belenenses, e num jogo contra o Sporting, lembram-se?! No célebre desafio das Salésias, a poucos segundos do fim, com o árbitro a anular um golo ao Matateu quando a bola já tinha ultrapassado em mais de um metro a linha de baliza. Carlos Gomes, o guarda-redes dos leões que safou a bola de dentro da baliza, confessou o facto em entrevista dada pouco antes de morrer.
Também por isso a rábula do livre indirecto já enjoa… e mete dó!

Saudações azuis.

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