terça-feira, abril 01, 2008

Nova Direcção

Será uma Direcção nova?! Esperemos que sim e aproveitamos a oportunidade para desejar ao Presidente Fernando Sequeira, e a todos os que o acompanham, as maiores felicidades no desempenho de uma tarefa sempre difícil.
Fernando Sequeira não disse muito até agora, assume uma transição inesperada, tem pouco tempo à sua frente para mostrar obra, mas pode evidentemente abrir caminhos e traçar rumos que necessáriamente clarifiquem a pergunta inicial. Pela nossa parte o contributo a dar consiste num conjunto de propostas e considerações que temos vindo a divulgar neste espaço, e que acreditamos serem em prol do Belenenses.
Sem pretender ser exaustivo destaco os seguintes pontos:

O futebol é a razão de ser do Clube e por causa dele todos os sacrifícios se justificam; e quando falamos de futebol estamos a pensar no primeiro lugar… da primeira liga; se não puder ser hoje terá que ser amanhã; e quando falamos de sacrifícios significa que se for preciso acabar com todas as modalidades para que o futebol sobreviva, acabam-se as modalidades; incluindo nas modalidades as excrescências que se mantêm viçosas enquanto o futebol vai decaindo!

Mas não chegam os sacrifícios, temos que encarar a realidade na sua dupla vertente: por um lado estamos em Portugal, onde como se sabe vigora a batota e a corrupção; por outro, vivemos numa conjuntura globalizante, cada vez mais redutora, onde só vingam uns quantos protegidos pelo Estado e pelos seus tentáculos mais conhecidos. Os media, que por sua vez amplificam até à exaustão o sistema em vigor, terão de ser denunciados e corrigidos. Pelo menos a comunicação social pública que é paga com os impostos de todos os portugueses. Desaconselham-se portanto meios-termos e meias tintas.

Para enfrentar o handicap em que nos constituímos, ou seja, para recuperar o estatuto perdido, será necessário firmeza e não ter medo de estar de mal com quem nos empurra para baixo, de forma consciente ou não. Pensamos, e já o exprimimos, que o Belenenses está vocacionado para liderar um movimento de regeneração do futebol português afastando-se rápidamente da política que vem seguindo e que se resume: ou fazer-se de vítima, ou tentar passar pelos intervalos da chuva! Esta postura não serve os interesses do Clube nem está de acordo com a respectiva ‘certidão de nascimento’.

Relembre-se entretanto que o Belenenses dispõe de um invejável património que infelizmente tem vindo a desvalorizar transformando um espaço onde devia reinar a qualidade numa sucessão de abarracamentos! Está na hora de enfrentarmos esta questão, calejados e instruídos com as lições do passado.

Sabemos hoje que nem o Bingo, nem as piscinas, nem as bombas de gazolina, resolveram o nosso problema e também temos obrigação de saber porquê! Porque foram projectos aleatórios e que serviram objectivos distintos do objectivo sagrado, a saber – recolocar o Belenenses na rota do título. Por isso, o complexo desportivo que se antevê também de nada servirá se não estiver subordinado àquele objectivo. Mas também por isso há que discuti-lo, de forma serena, e nestas condições nada melhor do que recuperar o ponto de partida, um plano aprovado em 1999 em Assembleia-Geral e que permanece na gaveta.
Descobri-o aqui.

Por fim, pede-se estabilidade, pois nenhuma empresa (ou organização) consegue progredir se estiver sempre a mudar de gerência e por consequência de gerentes e de política. Neste sentido, a revisão estatutária é uma tarefa essencial de forma a garantir melhores condições na gestão do Clube, procurando ao mesmo tempo assegurar outro equilíbrio (e outra justiça) entre os direitos e deveres dos associados.
Saudações azuis.

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