quarta-feira, setembro 17, 2008

“As ondas do Restelo”

“Duas jornadas apenas no campeonato, a época ainda no começo e o treinador já mal consegue respirar com a contestação. Casemiro Mior já não consegue levantar-se do banco no Restelo sem ser contestado.
Na mente dos adeptos ainda está o bom futebol praticado pela equipa nas últimas épocas, pensam a par do fantasma de Jesus, e não aceitam que tudo isso se tenha transformado num jogo triste e sem dinâmica. A equipa foi montada com um saco de jogadores brasileiros – doze – mas saíu o craque goleador, Weldon. Pelo meio, ainda com o aroma do bom jogo, resistem Silas e Zé Pedro. Custa entender o porquê das coisas terem deixado de fazer sentido no Belenenses. Um orçamento de 8 milhões de euros não rima com nada disto.
Buscando soluções para o futuro, a palavra mais repetida por Casemiro Mior tem sido adaptação. À maior velocidade europeia, mais em força, as novas tácticas, espaços.
Se isso faz sentido para um jogador ou outro, custa entender um projecto que comece com esta ideia aplicada ao funcionamento de todos os sectores da equipa.”

Com a devida vénia - Luís Freitas Lobo in Jornal “A Bola” de 17/09/08.

Comentário: Existe neste texto de Freitas Lobo, que habitualmente leio e aprecio, uma crítica explícita ao trabalho realizado (até agora) pelo treinador do Belenenses. Sabendo que é fácil criticar da bancada (ou através de artigos de opinião) temos que admitir que alguma verdade subsiste quando o autor aponta o dedo às dificuldades de articulação da equipa. Ainda assim espero que Casemiro Mior seja como os corredores de fundo, que partem de trás, cheios de dificuldades, mas acabam na frente a discutir os lugares cimeiros. E que outra esperança podemos ter… nesta altura do campeonato?!

Saudações azuis.

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