sábado, abril 04, 2009

Calvário

Sem desfalecimentos os homens da Cruz de Cristo percorrem o seu calvário mas não lhes está prometida qualquer Páscoa. A passagem destina-se apenas à segunda divisão ou Liga Vitalis.
É realmente triste o que nos está acontecer e nem preciso de ver o jogo para adivinhar o que se passou em campo! Pois se andamos nisto há meses! Jornada após jornada as cenas repetem-se sem novidade: - entra um sai outro, vem dar no mesmo. Acabamos sempre por sofrer golos e raramente marcamos.
Um amigo dizia-me há tempos: - o Belenenses não é como as outras equipas, quando cai nos últimos lugares já dali não sai. E é verdade. Há dentro do clube uma doença da vontade, uma falta de arreganho (não confundir com violência), um amorfismo congénito que prende os movimentos, que faz baixar a cabeça, e parece que os próprios jogadores que contratamos obedecem a esse perfil tristonho, vencidos antes do tempo! Raramente chega um ‘vencedor’ ao Restelo e quando chega é normalmente posto de lado para não destoar com os que lá estão. Somos um clube de submissos e pensamos que a submissão é outra coisa!
Por isso a análise a mais uma derrota pouco tem a ver com as características técnicas dos jogadores ou com a táctica do Jaime Pacheco. A doença é mais profunda e infelizmente nenhuma das candidaturas que se perfilam no horizonte traz o remédio que precisamos.
Para a história o Belenenses perdeu um a zero em Coimbra e ficam a faltar sete jornadas para o fim.

Saudações azuis.

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