terça-feira, fevereiro 24, 2009

Leixões – Belenenses (2-2)

‘Temos equipa para sair desta situação…’!
Pois temos, o pior é que a empatar não saímos. Os outros, que connosco dividem os últimos lugares, de vez em quando ganham! E quando ganham somam três pontos, o equivalente a três empates… dos nossos.
A situação é esta e não outra.
Sobre os factos de Matosinhos constatámos o que já sabíamos: a equipa rebenta físicamente e recua, as compensações defensivas desaparecem e o adversário, chame-se Leixões ou Real Massamá, tem tendência a apoderar-se do meio campo. E a partir daí vai pressionando pelas alas até ser feliz!
Pela nossa parte passamos então a depender do contra ataque e nestas circunstâncias dispomos de dois ou três lances para resolvermos o assunto. Se falhamos… empatamos ou perdemos.
Falemos agora da nova dupla de centrais, sem Carciano:
- Ora bem, encaixámos dois golos e pela frieza dos números, parece que não melhorámos. O que não quer dizer que Zarabi se tenha exibido mal. Revelou até rapidez e raça na disputa dos lances prometendo ser um bom central. E ainda bem, porque nem quero imaginar o que se teria dito de Carciano se o rapaz tem cometido o deslize fatal no primeiro golo do Leixões. E mesmo no segundo, perguntariam: - onde estava o Carciano no cabeceamento do Zé Manel?!
Bem, mas adiante, o futuro é que interessa e nós só teremos futuro se ganharmos quatro dos seis jogos que haveremos de disputar em casa. E o primeiro é já contra a Naval.

Saudações azuis.

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

A pressão encarnada

Compulso o jornal ‘Record’ e retiro o seguinte apontamento:

‘As cinco piores notas da temporada’

Elmano Santos…. Belenenses –Benfica 2,5
Pedro Henriques..Benfica – Nacional 2,3
Paulo Baptista…..Benfica – Braga 2,3
Paulo Costa………Porto – Braga 2,3
Pedro Proença……Porto – Benfica 2,4

E vale tudo para pressionar os árbitros – por exemplo, no caso de Pedro Proença, o espertalhão do observador baixou a nota porque Proença não marcou uma grande penalidade cometida sobre Lucho Gonzalez! E assim fez figura de isento ignorando o ‘coro mediático’ que pedia a cabeça de Lizandro Lopez!
Mas quanto aos ‘media’ estamos conversados. São verdes e encarnados, e nunca despem a camisola.
E a comprová-lo termino com uma curiosidade estatistica igualmente veiculada pelo jornal ‘Record’: - quem apita no Dragão é quase sempre o mais penalizado pela crítica dos ‘media’. Elmano Santos que o diga a propósito do recente Porto - Rio Ave.

Saudações azuis.

terça-feira, fevereiro 17, 2009

Carolina (Morgado)

O apelido é salgado
mas se falarmos de apitos
a cor é verde-encarnado!

Então não querem lá ver que o tribunal da relação arrasou com doces (fruta) e salgados! A testemunha afinal não é credível! E a procuradora morgado que tinha tanta fé na santinha!... Está o mundo às avessas, já não se pode confiar em ninguém.
Mas se a morgado quisesse podia testemunhar que a pressão sobre os árbitros tende sempre a aumentar. A causa é lugar comum – só há lugar para um nessa liga milionária.
Procuradora ao trabalho: - não investigue o Benfica, o Sporting também não, esqueça o coro mediático, e afine a pontaria, que o culpado é o dragão.
Os pequenos são pequenos, perdem assim a razão, e a receita da crise, não podendo ser leão, terá de ser passarão.
Deus queira que não.

Saudações azuis.

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Episódios tristes

Assisti sem querer a mais uma arruaça dentro do Estádio do Restelo e independentemente dos juizos que se possam fazer sobre o assunto a gravidade da mesma é indesmentível.
Ora bem, goste-se ou não se goste, Jorge Coroado é o presidente da assembleia geral do Clube de Futebol Os “Belenenses” e não é admissível que o representante dos sócios do Belenenses tenha de ser escoltado pela polícia para entrar e sair das instalações do Restelo!
O episódio conta-se em poucas linhas: com alguma falta de bom senso, Coroado entrou no estádio acompanhado por duas pessoas que envergavam cachecóis do Sporting e tanto bastou para ser invectivado e ameaçado físicamente, sendo obrigado a retirar-se (junto com os acompanhantes) debaixo de escolta!
A partir daqui os porteiros proibiram o acesso à zona dos sócios a quem envergasse qualquer traje ou marca identificativa com o clube de Alvalade.
E penso que foi correcta a decisão e deve transformar-se em directiva para o futuro. Mas esta minha opinião não retira uma virgula à gravidade do que sucedeu.
Tanto mais que pouco depois foi facultada a entrada ao jogador Sá Pinto, de cachecol verde ao pescoço, mas desta vez ‘autorizado’ e protegido por um elemento da Fúria Azul!!!
Afinal parece que tenho razão, quem manda no Restelo não são os órgãos sociais que elegemos, mas um conjunto de pessoas que se acham com mais direitos que os outros.
Enquanto isto suceder a desertificação de sócios vai continuar e será cada vez mais difícil encontrar alguém que se preste a pegar no Clube para o elevar ao lugar que merece.

Saudações azuis.

domingo, fevereiro 15, 2009

Crónica indigesta

Perdemos bem mas custa perder naquelas condições contra o Sporting. Ainda custa mais ouvir a choraminguice do Paulo Bento a queixar-se de um fora de jogo que mesmo visto à lupa deixa dúvidas! Um mau exemplo desportivo de quem deveria conhecer as regras – na dúvida, favorece-se o avançado. E foi o que o fiscal de linha e o árbitro fizeram.
Mas quem também não conhece as regras do fora do jogo é o nosso Cândido! Sem a serenidade e a concentração requeridas pôe em jogo de uma assentada dois jogadores leoninos e um deles – um conhecido ‘rato’ dos foras de jogo, de seu nome Postiga. Que não perdoou. Estava feito o segundo golo e o resultado.
Na primeira parte optámos por uma estratégia que poderia ter funcionado mas não funcionou. Pois para funcionar exigia-se muito mais do Silas e principalmente do José Pedro, e eles ficaram aquém. Zé Pedro não acertou com os espaços de marcação, andou perdido entre o meio campo e a defesa; o Silas, nas poucas oportunidades de contra ataque, afunilou-se e nunca conseguiu rematar ou libertar o Saulo para o remate.
Mas ao intervalo o zero a zero era ainda promissor. Pacheco tirou um dos três centrais, lançou um avançado (Marcelo) e o jogo alterou-se. Começámos então a dar réplica e chegámos naturalmente ao golo. E nos primeiros vinte minutos da segunda parte podíamos ter sentenciado a partida… se a recarga de Diakité não fosse ao lado.
Paulo Bento foi obrigado a ir à procura do prejuizo e fez entrar dois pontas de lança. Um deles, Postiga, deu a volta ao jogo perante a impotência do flanco direito da nossa defensiva. Ai, aquele primeiro golo… Cândido sentado a dar um toque favorável ao avançado, este a centrar tenso para a entrada de Vukcevic. Com culpas também para o nosso guarda-redes que não conseguiu interceptar o cruzamento.
Feito este golo, veio outro de seguida, o tal que teve a ‘colaboração táctica’ de Cândido Costa.
À saída, dizia-me um sócio que Jaime Pacheco deveria ter reagido ás substituições de Paulo Bento fazendo entrar um trinco para reforçar a zona defensiva, pois era daí que partiam os passes mortais para os dois avançados recém entrados. Estou de acordo, mas já é tarde. Talvez fosse de recuar o Mano para lateral direito e colocar em campo alguém com pés para lançar o contra ataque. O problema é que continuamos sem um centro campista (a sério) desde o início da época. E sem capacidade de passe… as equipas com menos trunfos dificilmente marcam golos nestes confrontos.
E atenção, está-se a fazer tarde. Precisamos de vitórias como de pão para a boca.

Saudações azuis.

terça-feira, fevereiro 10, 2009

Paços de Ferreira 1 – Belenenses 1

Por junto vi o último quarto de hora da primeira parte e assisti hoje à repetição da segunda parte. E fiquei com a seguinte sensação:
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Independentemente da velha questão Carciano, sim ou não, notei algum défice de retenção da linha média, em especial nas bolas reflectidas pela nossa defensiva e que encontravam invariávelmente camisolas amarelas!
Sei que não era fácil domesticar o jogo naquele batatal, mas se o Paços conseguia trocar a bola de forma envolvente, nós também tinhamos obrigação de fazer o mesmo. Ou não?!
Talvez estivéssemos muito recuados no terreno, com medo de não haver pernas para as investidas de Cristiano e Edson!...
Talvez estivéssemos em inferioridade numérica naquela zona do campo por mérito do adversário, que soube multiplicar-se criando assim desequilibrios!...
Assunto para o treinador Jaime Pacheco resolver. Pela minha parte vou dar notas àquilo que vi:

Júlio César – boa exibição, saídas temerárias com os punhos, sem culpas no golo.
Cândido Costa – muito empenho em todos os lances, cometeu algumas faltas em zona perigosa. É um jogador adaptado e que sofre muito sempre que defronta flanqueadores rápidos.
Àvalos – aguardemos por mais uns jogos e logo saberemos com que Àvalos podemos contar.
Carciano – é sempre muito difícil analisar a prestação de Carciano! Falhou no golo, falhou um golo, fartou-se de dobrar os laterais, mormente Cândido Costa, chutou parafusos, despachou aqui, atrasou-se ali… mas é um jogador que está em todas e é só... o mais rápido da nossa defesa. Por isso Jaime Pacheco não o substitui. Embora em minha opinião o seu lugar não seja aquele.
Se calhar uma dupla Àvalos-Diakité obrigaria a jogarmos muito recuados. E nós precisamos de avançar no terreno, para pressionar o adversário e ganhar. Os empates não servem os nossos objectivos.
Tininho – é disto que precisamos no lado direito da nossa defesa. Um corte providencial! Grande jogatana!
Diakité – vê-se pouco, mas o que faz é bem feito. Porém, a falta de jogo na frente também responsabiliza os médios.
Mano – viu-se muito, melhor a destruir do que a construir, lutou bravamente quase sempre em desvantagem numérica.
Silas – num terreno pesado e irregular conseguiu transportar muito jogo para a frente. Pena que não tenha marcado mesmo ao fim. Parece em boa condição física.
Zé Pedro – defendeu menos que o habitual mas mostrou-se esclarecido do meio campo para a frente. Ainda não foi desta que a sua meia distância funcionou. Um bom centro para o golo de Saulo.
Saulo – mais um golo confirmando qualidades. Tem que jogar.
Marcelo – esforçado e lutador mas a revelar alguma impotência. Na parte que vi (2/3 do jogo) nunca esteve perto de marcar! Não gostei e precisamos de uma alternativa que não temos.
Vinicius – trouxe alguma vivacidade mas nestes campos tem que procurar jogar simples, sem complicar.
Gomez – regressou quando o jogo estava a acabar e as equipas conformadas com o empate. Nada a registar.
Roncatto – um ou dois lances apenas, não dá para ajuizar.
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.Marcaram: Saulo pelo Belenenses; Cristiano pelo Paços de Ferreira;
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Saudações azuis.

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Futebol crescente

Já há muito que não víamos o Belenenses tão bem posicionado nos escalões da formação, nomeadamente nos juniores, pois seguem em primeiro no respectivo grupo, à frente dos nossos rivais Benfica e Sporting! Resultado de algum trabalho que não começou ontem e que pelos vistos dá frutos!
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Frutos que nem sempre temos sabido (ou podido) rentabilizar, seja na equipa principal (com as honrosas excepções de Rolando e Ruben Amorim), seja no mercado através de um justo preço pelas transferências.
As causas serão várias mas andam todas ligadas à desorientação estratégica que por sua vez terá origem na permanente instabilidade interna. Que se reflecte na fragilidade das Direcções, incapazes de unir e mobilizar o Clube em torno de um projecto ganhador.
Ao contrário, pode dizer-se que caímos naquela situação perigosa onde meia dúzia de iluminados se acham portadores da ‘alma belenense’, sem perceberem que com as suas atitudes acabam por afastar tudo e todos.
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E depois temos 66 pessoas na Assembleia Geral!
E pior do que isso – que se acham com legitimidade para mudarem os Estatutos (e os destinos) do Clube de Futebol “Os Belenenses”!
Está na lei… e depois vem a velha justificação – ‘se não querem assim, levantem-se do sofá e apareçam’!
O que até pode ser verdade mas não acrescenta nada à felicidade (nem à saúde) do Belenenses. Por isso talvez seja de reflectir um pouco não nos Estatutos mas na escassez de associados e nas verdadeiras razões de tamanho desinteresse.

E volto ao futebol de formação que apesar do bom desempenho, parece que luta com falta de campos para jogar e treinar! Falta de condições que já atinge a equipa principal, obrigada a trabalhar longe do Restelo!
Se por um lado, a descentralização pode levar as camisolas azuis até à periferia da cidade, onde vivem os sócios, seria lógico que isso acontecesse em resultado de uma política e não em caso de força maior!
E vem a pergunta recorrente: chegámos a esta situação porquê?!

Saudações azuis.

sábado, fevereiro 07, 2009

Assembleísmos…

Meia centena de um lado, meia centena do outro, se formos pelo número a diferença entre o conselho geral e os ‘assembleístas permanentes’ é pouca, mas ainda assim prefiro o conselho geral. Em primeiro lugar estão identificados, sabemos quem são; e em segundo lugar têm alguma experiência de governação pois já desempenharam cargos relevantes no Clube.

Aliás venho denunciando este ‘assembleísmo permanente’, turbulento e destruidor, como fórmula errada e ultrapassada de resolver aqueles problemas societários que poderiam e deveriam competir às Direcções eleitas. Não é evidentemente o caso da revisão dos Estatutos mas ainda assim haveria que respeitar algumas regras na condução e participação nos trabalhos.
Explico:

Os projectos de estatutos têm evidentemente uma coerência, um esqueleto, uma unidade, e nesse sentido devem ser votados na generalidade, e sobre o mais votado recairá então uma análise e correcção na especialidade. Mas nesta correcção, e pelo simples voto de uns quantos, não se podem eliminar disposições que alterem ou destruam a lógica do que inicialmente foi apresentado.

Nestas condições, quem pretenda agora ‘apagar’ o Conselho Geral, amputando às cegas este projecto de Estatutos, deveria ter-se lembrado de apresentar outro projecto, definindo aí claramente que tipo de órgãos sociais pretende para o Clube.
Coisa diferente, e essa legítima, será acrescentar ou diminuir competências neste ou naquele órgão social.

E termino com algumas considerações sobre o Conselho Geral, não o actual, que muitos recriminam e responsabilizam pela decadência do clube, mas sobre o órgão consultivo enquanto tal:

De facto, não me parece que diabolizar o conselho geral seja bom remédio para as nossas feridas, nem uma justificação para o lugar a que chegámos. Trata-se de um organismo de último recurso, como existe noutras colectividades, que de certa maneira representa o caminho percorrido, e por isso nele têm assento por inerência, muitos dos que elegemos ao longo dos últimos anos. E não é sem alguma ironia que recordo que alguns dos que neste momento o acusam de ser ‘coito de inimigos’ são os mesmos que lhes deram o direito à inerência!!!
Quem quer ser prior de uma freguesia destas?!

Saudações azuis.

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Debater o Belenenses

SIMPÓSIO DO BELENENSES
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Um debate de ideias para falar do Belenenses e sentir o Belenenses, com a participação de associados. Um dia de reflexão, com cinco grandes temas em análise e outros tantos oradores (intervenção de 15 minutos) e moderadores (1h 15m de discussão).
.Data: 7 de Fevereiro
.Local: Centro Cultural Casapiano (Rua dos Jerónimos, n.º 7 – A)
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Programa
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.9.15 - Início dos trabalhos, com abertura a cargo da Comissão de Gestão
.9.30 – 1º tema: Projecto de Organização Desportiva – prof. Fonseca e Costa
.9.45 – Debate (moderado por Diogo Bonifácio)
.11.00 – Intervalo para café
.11.30 – 2.º tema: Património – Paulo Trindade
.11.45 – Debate (moderado por José Caiado)
.13.00 – Almoço
.14.30 – 3.º tema: Futebol (que modelo de gestão) – prof. Jorge Castelo
.14.45 – Debate (moderado por Hélio Nascimento)
.16.00 – 4.º tema: Modalidades – Frederico Almeida
.16.15 – Debate (moderado por Vítor Enes)
.17.30 – Intervalo para café
.18.00 – 5.º tema: Sócios e adeptos (ser belenense) – Luís Silva
.18.15 – Debate (moderado por Pedro Sousa).
.19.30 – Conclusões e Encerramento a cargo de Pedro Sousa
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.As inscrições, abertas a todos os sócios, podem ser feitas através do Departamento de Relações Públicas:- Email: comunicacaoimagem@hotmail.com - Telefax: 213 017 882-
.Pessoalmente, no citado departamento (Edifício do Complexo das Piscinas do Belenenses)

terça-feira, fevereiro 03, 2009

Pois, tenho dúvidas…

Escrever em cima do acontecimento tem os seus riscos mas a verdade é que tenho dúvidas:

Tenho dúvidas e gostava de pedir um aclaramento à FIFA sobre qual é o significado actual da expressão ‘goal-average’, quando escrita num regulamento de uma competição oficial de futebol organizada por um dos seus associados. Neste caso a Liga que depende da Federação Portuguesa de Futebol.

Muito embora o seu Presidente tenha adiantado qual seria a interpretação dos Conselheiros sobre a expressão ‘goal-average’ – no mesmo sentido que a comissão executiva da Liga lhe deu – a verdade (ou a minha dúvida) é que o Conselho de Justiça não se pronunciou sobre a questão de fundo, o que mantém em aberto o problema interpretativo para futuros casos.
Sendo assim, e se por qualquer motivo a expressão em causa e que consta do regulamento da Taça da Liga, vier a ser alterada ou sofrer qualquer aclaramento interpretativo, não tenho dúvidas que as nossas pretensões ganhariam algum alento.

Para finalizar e face ao indeferimento do ‘pedido’ por razões meramente formais, fico também com algumas dúvidas sobre a capacidade dos nossos serviços jurídicos.

Saudações azuis

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Belenenses 1 – Porto 3

As minhas crónicas são aquilo que são, provavelmente não reproduzem a verdade absoluta, nem ela está ao alcance dos mortais, dizem apenas aquilo que entendo ser a realidade, a minha opinião particular sobre o que vejo e sinto. Por isso, quando o Belenenses sofreu o primeiro golo fiquei em silêncio e senti que haveria alguma injustiça no resultado especialmente porque depois de um início hesitante tínhamos equilibrado a contenda, e inclusive criado um ou dois lances perigosos. Lembro-me, por exemplo, de uma bola dividida junto à área de Helton na sequência de um cruzamento do Tininho que poderia ter dado em golo…
Mas é um facto que a equipa foi inicialmente mal escalada: - não podíamos ter tanta gente que já não corre nem recupera defensivamente e isso, perante a rápida movimentação atacante do Porto, desposicionava completamente a nossa defensiva, para além dos méritos próprios do adversário – Hulk irresistível perante Carciano e Cândido Costa sem velocidade para acompanhar Rodriguez. Portanto, a cada ataque belenense poderia corresponder um rápido contra ataque dos forasteiros, bola metida num dos flancos seguida de cruzamento para a nossa grande área onde os jogadores do Porto apareciam em superioridade numérica! Resultado: - dois golos de rajada e seriam mais não fora Jaime Pacheco corrigir de imediato a situação – saiu Wender, incapaz de fazer o vai e vem, e saiu Cândido Costa passando Mano para o seu lugar. Entraram Àvalos que foi jogar no miolo (tentando e conseguindo travar as transições portistas) e Saulo que trouxe velocidade e força ao ataque azul. A partir daqui tudo se alterou, continuámos a ripostar de igual para igual mas agora sem os riscos de sermos surpreendidos na defesa. E conseguimos reduzir antes do intervalo!
Na segunda parte tivemos mais posse de bola e fomos para cima do Porto à procura da igualdade. Porém, o desgaste de algumas das nossas peças essenciais, a falta de remate de meia distância (onde está o remate de Zé Pedro?!) e a grande capacidade defensiva do Porto impediram que concretizássemos os nossos objectivos. E foi (de novo) com algum sabor a injustiça que já perto do fim sofremos um terceiro golo em lance bem executado por Lucho Gonzalez.
O jogo terminaria logo a seguir.

Análise individual:

Júlio César - esteve seguro mas tem que rever o seu jogo de pés.
Cândido Costa – sabe-se que não tem especiais aptidões defensivas embora disfarce essas insuficiências com espírito de luta. Para adversários fortes isso não chega.
Arroz – exibição razoável a partir do momento em que se produziram as substituições. Já sabe que no futebol português é proibido tentar driblar os avançados contrários. Tentou uma vez na segunda parte e ía comprometendo a sua actuação. Registe-se que continua a ser perigoso nas bolas paradas na área adversária.
Carciano – muito inseguro durante a primeira parte, foi várias vezes ultrapassado por Hulk (para satisfação das teses de alguns associados!) mas acabou por se recompor e mostrar a sua utilidade em alguns lances de aperto. É caso para dizer, se houvesse lá melhor Pacheco não o punha a jogar. Na minha modesta opinião, trata-se de um jogador polivalente que devemos aproveitar e uma coisa é certa, pese a campanha contra os ‘pernas de pau’ o homem mantém uma saúde psicológica invejável!
Tininho – o melhor jogador do Belenenses neste jogo, finalmente um lateral que assegura as transições, foi por ele que começámos a contrariar os planos do FC Porto que ameaçava vir ‘passear’ ao Restelo.
Mano – melhor a lateral que a trinco, outra grande exibição, especialmente na segunda parte!
Diakité – alguns problemas de posicionamento defensivo no primeiro tempo, beneficiou também das alterações e fez uma exibição em crescendo revelando inteligência e destreza no passe. Não está ainda em grande forma física. Deixaram o homem casar…
Silas – um jogo equilibrado de Silas errando menos passes que o costume e mostrando claramente que fala a mesma linguagem futebolística que os craques do Porto.
Zé Pedro – o melhor jogo de Zé Pedro neste campeonato! Mais ágil, mais forte psicologicamente, mais consequente, faltou-lhe apenas a oportunidade de um remate letal de meia distância. Até nos livres que bateu, melhorou! Perdeu apenas (e inglóriamente) um cruzamento (com o pé direito) num contra ataque prometedor. Mas a sua exibição surpreendeu-me!
Marcelo – uma exibição esforçada, sozinho entre as torres portuenses, conseguiu ainda assim tabelar algum jogo. Não teve oportunidades para disparar mas atrapalhou Rolando no lance do golo.
Wender – já não tem pernas para fazer o trabalho que lhe distribuem. Pode ser aproveitado em tarefas menos exigentes.
Àvalos – em boa hora lançado na equipa, um pouco pesado é certo, mas a sua experiencia ajudou a equipa a serenar, a rectificar marcações e a fonte atacante adversária ressentiu-se e passou a ter mais dificuldades em sair a jogar. Veremos se ainda tem velocidade de pernas para ser o patrão da defesa.
Saulo - excelente entrada em jogo baralhando o defesa esquerdo do Porto, foi seu o remate que deu o golo, e continuou a incomodar na segunda parte. Uma boa exibição.
Roncatto – para colmatar o cansaço de Marcelo e quiçá aumentar o nosso fraco poder de fogo, Jaime Pacheco apostou em Roncatto. Mas este jogador que tem boa técnica e sabe cobrir a bola não é um ‘guerreiro’ para se bater nas alturas nem tem a argúcia do matador. De posse da bola tentou furar em drible contra três ou quatro adversários em jogadas condenadas ao insucesso. Uma substituição falhada.

Saudações azuis.