domingo, outubro 28, 2012

A segunda parte é sempre assim?!

Já não é o primeiro, nem o segundo jogo (fora de casa) em que vejo (na televisão) o Belenenses adiantar-se no marcador, fruto de trabalho consistente de toda a equipa, e a seguir, especialmente com o decorrer da segunda parte, amolece, adormece, recua, e começa a defender-se de qualquer maneira, até que o adversário chega ao empate!

Quando não é o adversário, é o árbitro que toma a decisão do empate! Mas o árbitro, como diz o treinador do Belenenses, faz parte do jogo, o que é verdade. Mas com franqueza!

E aqui abro, contra os meus princípios, um capítulo para me referir a estas arbitragens medrosas e despersonalizadas que nos têm calhado em sorte! Ontem, por exemplo, foi demais – desde um amarelo ridículo ao Meira (embora renove o aviso para não gesticular tanto com os braços) até ao segundo amarelo do nosso defesa esquerdo (embora renove o aviso para não fazer disparates, como afastar a bola para longe) foi tudo mau. Depois, esta mania de marcar penalties por tudo e por nada, descortinando uma mão (a pedido) do jovem André, foi outro erro monumental que obrigou por certo à compensação de um fora de jogo no limite! E sobre arbitragens estamos conversados.

Quanto aos nossos erros, a lentidão (de movimentos e de pensamento) de Fernando Ferreira dá cabo de qualquer hipótese de contra ataque! Especialmente naquele período em que estamos encostados lá atrás. Diga-se também que Freddy recebeu sempre mal e decidiu sempre mal, perdendo logo a bola o que complicava a situação. Mas também não percebi as substituições de Van der Gaag! Retirou o rápido Arsénio para entrar um jogador que não se viu! E manteve em campo um Diawara, que é jogador posicional, sem sprint! Não percebi.

Enfim, para a semana há mais.

Resultado final: Leixões 1 - Belenenses 1



Saudações azuis

domingo, outubro 21, 2012

O futuro do passado!

Os clubes sempre foram propriedade de poucos, de um pequeno grupo que frequenta as assembleias, com motivações várias, umas melhores, outras piores. Em tempos de decadência os ‘proprietários’ reduzem-se, as assembleias tornam-se mais tumultuosas, os interesses tornam-se menos claros, e as decisões menos acertadas. Acontece em toda a parte.

Portanto, a ideia simplória de que o clube é de todos, que pertence à massa associativa, é isso mesmo, uma ideia simplória. No que respeita à minha pessoa o Belenenses só é meu porque gosto dele. Para além disso sinto-me ‘público’. Público que assiste aos jogos um pouco melhor acomodado, graças ao lugar cativo que a minha condição de sócio (pagante) permite.

É claro que existem as eleições, mas como vemos pela amostra do país, as eleições (infelizmente) não têm uma varinha de condão! Os candidatos são sempre os mesmos e logicamente as soluções também pouco mudam.

Nestas circunstâncias, e tal como estão as coisas do futebol em geral, e dentro do Belenenses em particular, não me custa admitir que surja alguém de fora com a intenção de tomar conta do Belenenses. São os sinais do tempo. Pior não há-de ser.





Saudações azuis

sexta-feira, outubro 19, 2012

Um passo pequenino!

Mas um passo, porque a centralização da negociação dos direitos televisivos é efectivamente um passo importante! Aliás, se bem se lembram, foi aqui defendida bastas vezes, assim como defendi que a redistribuição deveria basear-se na classificação do campeonato imediatamente anterior. Quanto ao leque distributivo deveria ser o mais equilibrado (apertado) possível, como acontece nos campeonatos mais competitivos e por consequência mais rentáveis.

Dito isto, duas reticências relativamente ao andar da carruagem. Primeira reticência no que toca às palavras do presidente da federação: - ‘não podemos tirar do bolo aos grandes para dar aos clubes ditos mais pequenos, terá de existir valor acrescentado para todos os participantes’.

Sem dúvida, pois todos devem beneficiar com a centralização, mas estas declarações afastam-se daquilo que, em minha opinião, deveria ser o discurso de um presidente da federação! Com efeito espera-se dele que corrija os actuais desequilíbrios orçamentais, que reduza o fosso, e não que deixe tudo na mesma! Penso eu.

A segunda reticência vai direita para o presidente da Liga, ressalvando que foi ele o grande entusiasta da medida. E que oportunamente aplaudi. A verdade é que o facto de já ter avançado com queixas para a Autoridade da Concorrência relativamente aos contratos em vigor, coloca-o na órbita dos interesses do Benfica e na sua particular guerra contra a Olivedesportos! E isso gera desconfiança na minha pessoa.

Mas vamos ter esperança que, por uma vez, neste país, os mais pequenos não irão servir de banquete à fome insaciável dos grandes! Esperemos.



Saudações azuis

segunda-feira, outubro 15, 2012

Três pequenas badaladas…

Não fui, não vi, ganhámos que era o mais importante. Fico contente. Arsénio, esse, vi, uma seta, outro ritmo, um jogador que faz lembrar os antigos! Fernando Ferreira, bom remate, bom golo!


Também li, reli, a questão das dívidas, os impedimentos sobre o dia-a-dia, o investidor necessário… O problema das modalidades, as pessoas finalmente a acordarem para a realidade! As modalidades só servem para propaganda dos grandes clubes do futebol português. No dia em que Benfica e Sporting abandonem determinadas modalidades, as mesmas nunca mais aparecem na televisão. Aposto. Esta é a verdade nua e crua, desta santa terrinha, cada vez mais pequenina, cada vez mais viciosa!




E por falar em vícios aí está o espectáculo, pobre e ridículo ao mesmo tempo, das candidaturas à presidência do Benfica! Ele é juizes, deputados alegres, outros mais tristes, grandes gestores desempregados, actores, banqueiros (milionários) falidos, uma série de figuras públicas tão notáveis, tão notáveis, que me ocorre uma frase de Natália Correia (em resposta a um jornalista mais impertinente): - Perguntava o dito cujo se a poetisa (se lhe fosse dado a escolher) preferia ser presidente da república ou presidente do Benfica! Ela respondeu de pronto: - é a mesma coisa.


Eu teria acrescentado – um clube assim tem crédito ilimitado, deverá inclusivé constar de uma rubrica do orçamento de estado.




Terceira badalada para defender Ruben Micael! Grande jogador, chego a ver jogos (na televisão) só porque ele alinha, se é substituído o jogo torna-se, em minha opinião, desinteressante. Porquê?! É um jogador que faz sempre a jogada que o espectador não espera, surpreende pela positiva, é aliás detentor de uma enorme capacidade para definir o último passe (antes da finalização)! Também falha, é verdade que sim. Tem ainda outras qualidades: - aparece na grande área adversária com grande oportunidade, marca golos na Europa, infelizmente não o deixam cobrar os livres, pois marcaria mais golos ainda. Pode-se construir uma equipa à volta de Ruben Micael. Jogador vagabundo, sem preocupações defensivas, é esse o seu lugar.


Paulo Bento volta a apostar nele, apesar das culpas que lhe atribuíram no golo russo. Faz bem o seleccionador nacional. Paulo Bento percebe da poda.




Saudações azuis

segunda-feira, outubro 08, 2012

Os penalties da moda!

Em Portugal não há justiça porque não existem juizes. Esta verdade também se aplica às competições desportivas. Não há juizes porque não há independência, seja de espírito, seja económica, seja social. E não havendo independência o que prevalece na decisão é o medo. O medo que obriga ao refúgio sistemático na letra da lei e não no espírito da mesma. O medo que inviabiliza a liberdade do juiz. Dou um exemplo recente: - há poucos dias ouvi na televisão um desses árbitros comentadores justificar a expulsão de um jogador do Estoril (em Alvalade) nos seguintes termos: - ‘quando um jogador pede ao árbitro que exiba um cartão amarelo, seja por palavras, seja através de linguagem gestual, o árbitro deve mostrar-lhe o cartão amarelo. É uma decisão automática, rematou!


Pois bem, quem ontem assistiu ao Barcelona – Real Madrid terá visto Messi gesticular para o árbitro nesse sentido e o árbitro não lhe mostrou nenhum cartão amarelo. O árbitro terá errado?! Penso que não, como penso que arbitrou bem. Usou aquilo que é fundamental num juiz, a capacidade de livre apreciação, usou o bom senso, defendeu a integridade competitiva. Segurou o jogo com conta, peso, e medida. Se o não fizesse, naquele lance, e em muitíssimos outros, (se tivesse arbitrado à portuguesa) teria expulsado alguns jogadores, em especial do Real Madrid.


Em relação às grandes penalidades parece que entrámos em paranoia justicialista! Quem sabe embalados pelos protestos grotescos do Benfica, que reclamou sem razão duas grandes penalidades assinaladas contra si no jogo com a Académica, a verdade é que desde aí, os árbitros devem ter recebido instruções para marcarem penalties por tudo e por nada!


Aconteceu no Sábado com o Belenenses, numa bola dividida, disputada nos limites da área, onde um esbracejar mais exuberante de Meira foi imediatamente punido com castigo máximo! Dando a vitória ao Aves.


Aconteceu com Duarte Gomes a inclinar o campo para o Vitória de Guimarães e a punir a Académica com a rapidez de um raio! Confundiu depois uma carga pelas costas com uma carga de ombro, prejuducando a Académica, e mais tarde deixou passar um fora de jogo escandaloso que deu a vitória ao Guimarães.


Aconteceu no jogo do Benfica onde Maxi (sabe-a toda) se baixou para iludir o árbitro, beneficiando o Benfica de uma grande penalidade muito discutível sobre o risco da área. E aconteceu também no Dragão onde temos que admitir que o primeiro penalty é bastante forçado.




Por isso devem os defesas usarem de todas as cautelas, não serem imprudentes, gesticularem o menos possível, mãos nos bolsos, porque vem aí penalty!






Saudações azuis

quarta-feira, outubro 03, 2012

RTP ignora Braga!

Curioso como sou, quis saber (ontem à noite) o resultado (e ver talvez um pequeno resumo) do jogo entre o Galatasaray e o Braga, encontro disputado na Turquia a contar para a liga dos Campeões. Para tal, liguei a RTP 1, ainda decorria o concurso do Malato, e esperei. Acabou o Malato e sou surpreendido por um programa sobre aves migratórias, desde patos bravos, andorinhas, cegonhas, infelizmente não descortinei águias, de resto estava lá a fina flor da passarada! Aquilo durou uma hora, era quase meia-noite, tempo suficiente para as cegonhas namorarem, fazerem ninho, terem filhos, etc., e nada sobre a liga milionária! Seguiu-se uma coisa chamada cinco para a meia-noite, adormeci e pronto.


Hoje, já sabedor dos resultados, o Braga ganhou e o Benfica perdeu, compreendi finalmente a opção pelas aves de arribação.


Tivesse o Benfica ganho ao Barcelona, interrompia-se a passarada, e por certo haveria uma edição especial a contar tudo, entrevistas, directos, eu sei lá!


Assim, há que ter paciência. Se calhar o Braga (e Braga) nem protestam!




Saudações azuis




Nota básica: Estou a colocar-me na mesma situação daqueles que apenas têm acesso aos quatro canais da ordem. Àqueles quatro canais que a usura nacional deixou aos mais desfavorecidos.

segunda-feira, outubro 01, 2012

Os ‘grandes’ e o serviço público!

Os três ‘grandes’ clubes do futebol português, são grandes em tudo! Na massa associativa, nas dívidas ao estado, nos favores da arbitragem, e naturalmente, no tempo de antena que desfrutam nos principais canais de televisão. Mais, existem alguns destes canais (SIC e TVI) que apenas se dedicam à notícia e ao comentário sobre o Benfica, Sporting e Porto. Os outros clubes só aparecem no caso de terem jogado ou irem jogar contra aqueles três clubes! Não escapa a este hábito (digamos, tão desportivo) a própria televisão pública. O programa ‘trio de ataque’ é um bom exemplo.

A ditadura das audiências é o argumento mais utlizado para tal ‘alinhamento’, e o mínimo que se pode dizer é que se trata de um argumento bastante discutível uma vez que a matéria em análise tem natureza competitiva, onde é suposto haver algum equilíbrio entre os contendores. Não sendo assim, e o problema é que não é assim, mais se impõe, em minha opinião, um enfoque informativo que reequilibre aquilo que entretanto foi (e continua) desvirtuado, ou seja, a competição.

Mas isto sou eu a falar, e todos sabemos que vozes de burro não chegam ao céu.


Saudações azuis



Nota básica:

1. O Belenenses também já beneficiou, quando era grande, de maior atenção (por parte dos media) do que os outros clubes mais pequenos. Isso é verdade. Mas as coisas estão hoje muito piores. Não há qualquer comparação.

2. Este desprezo pelo mais pequeno é de certo modo incoerente (e até inexplicável) face ao discurso sobre ‘os mais desfavorecidos’, que enche a boca dos políticos, em geral, e da esquerda unida, em particular!