segunda-feira, março 24, 2014

Seis jogos para sobreviver!

Calem-se agora os arautos da desgraça, façam tréguas olímpicas a Direcção e a SAD, imaginemos por uns tempos que somos um clube normal, desencantem das brumas da memória alguns restos da antiga grandeza, e preparemos com confiança essa final decisiva contra o Paços de Ferreira!

Lito é belenense, vê-se logo, e não é parvo. Quando jogador era um pouco quezilento, às vezes exagerava, mas nunca lhe faltou a fibra. Lutava sempre. Como treinador todos esses defeitos e qualidades ajudam.
Não digo isto para diminuir Marco Paulo, também ele foi jogador combativo. E continuo convencido que é bom treinador. Mas no Belenenses actual só vingam aqueles (muito poucos!) que conseguem impor-se a tudo e a todos e esse não é o perfil de Marco Paulo. Lito tem esse perfil.

Sobre o que aconteceu no campo não há muito a dizer. Com Luís Castro o Porto voltou à sua forma de jogar e sendo assim, mesmo com alguns pernas de pau que por lá andam, seria difícil roubar pontos no Dragão. Estivesse lá ainda Paulo Fonseca, e os seus equívocos, e talvez fizéssemos uma gracinha. Mas Lito bem tentou! E na minha opinião tentou bem. Pôs o Miguel Rosa onde ele deve estar, perto da área, e terá repetido vezes sem conta que a bola tem de circular rápidamente. Quando não há espaço nem tempo o melhor é colocá-la no flanco contrário, e criando essa rotina, pode ser que lá apareça algum dos nossos, desmarcado, para então criar verdadeiro perigo. E íamos marcando!

Mas veio a expulsão de João Afonso. Estávamos no fim da primeira parte! A meu ver, houve excesso de zelo na cor da cartolina. Pareceu-me que o avançado do Porto não estava completamente isolado quando sofre a falta. Enfim, critérios. Depois, com dez, fizemos o que foi possível. E foi bastante!


Saudações azuis