segunda-feira, fevereiro 17, 2014

Os pormenores que decidem

Primeiro pormenor (positivo) – o Belenenses tem vindo a assegurar alguma consistência na posse de bola, superiorizando-se a adversários melhor cotados no nosso campeonato. Foi assim contra o Nacional (na Madeira), foi assim contra a Académica, no Restelo. Dir-se-á que isso não conta, o que conta são os golos e é verdade. Dir-se-á ainda que a nossa posse de bola é muitas vezes inócua, inofensiva, o que também é verdade. Mas já estamos esquecidos dos tempos (bem recentes) em que qualquer equipa que vinha ao Restelo tomava imediatamente as rédeas do jogo. E sem bola, as coisas ficam difíceis…

Segundo pormenor (negativo) – desta vez e em termos de abébias defensivas quem falhou foi o guarda-redes e por duas vezes! Duas vezes que correspondem às duas grandes ocasiões de que dispôs a Académica. São duas intervenções a soco mal conseguidas, e se na primeira existe grande mérito do adversário ao recolocar rápidamente a bola na área do Belenenses, na segunda, o demérito é todo de Matt Jones. Há que salientar no entanto a enorme defesa que realizou a remate de Salvador Agra, como é de justiça dizer que Kay poderia ter evitado provocar aquela falta. Falta que deu origem ao livre… que afinal deu origem a tudo. Um pormenor a não esquecer.

Terceiro pormenor (positivo/negativo) – louve-se o facto de termos tido alguma sorte nas aquisições de Inverno! Com efeito os jogadores que entraram até agora (Rudy e Geraldes - Linz é mais complicado…) mostraram ser mais-valias em lugares importantes. Rudy movimenta-se bem no meio campo ofensivo, e o lateral direito Geraldes entrou com o pé direito! Onde falta confiança e existe muita atrapalhação é no caso de Rambé – dois remates de cabeça, um quase a dar golo (Ricardo defendeu bem) mas o outro foi oportunidade perdida. Um pormenor que podia ter feito a diferença. Igual ao de Freddy na melhor jogada do desafio. E são muitos pormenores.  

Último pormenor (negativo) – quando se esperava o pressing final do Belenenses, aconteceu o contrário! E acabámos o jogo de credo na boca! O que é que falhou nas últimas substituições?! A questão física, como é?!
Quando é que o medo e a falta de confiança deixam de ditar leis na equipa?!

Saudações azuis


Nota de pormenor: Não tem muito a ver com o treinador o facto, comprovável pelas estatísticas, de termos tendência para contratar pontas de lança virtuais. Que mal chegam ao Restelo perdem o sentido das balizas! É preciso mudar este pormenor.

domingo, fevereiro 09, 2014

Para além da razão…

Isto de escrever de vez em quando tem os seus perigos e um deles, não menor, é o de se pensar que o longo silêncio corresponde a uma atitude de apoio tácito à situação. Uma espécie de ‘quem cala, consente’. Pois no meu caso não é assim. A falta de escrita tem uma explicação mais simples: - continuo a ser belenense, mas já não tenho energia (nem cabeça) para acompanhar o destino, sempre descendente, do meu clube de sempre.

E este ano as coisas até prometiam! Mas não. Com alguma infelicidade à mistura, veio a doença do treinador, não fomos capazes de esclarecer rápidamente a situação, prejudicando com isso o desempenho da equipa, e como se não bastasse tem vindo a emergir uma originalidade bicéfala, em termos de chefia do clube, que não augura nada de bom. E é assim que não passa uma semana sem que sejamos confrontados com uma iniciativa do presidente da SAD e logo a seguir (ou vice-versa) com outra iniciativa, bem sei que em áreas distintas, por parte do presidente do clube!
Ora bem e como já afirmei, nada disto se passa nos outros emblemas, pois todos eles se identificam, perante a opinião pública, com determinada personalidade. Tínhamos que ser diferentes mas esta diferença, repito, não é benéfica para ninguém. Oxalá me engane.

Uma última nota para corrigir alguma confusão que possa ter ficado sobre as críticas que, debaixo de alguma emoção, dirigi ao treinador e à equipa. Delas não se pode depreender que não apoio o actual treinador ou que tenho alguma reserva sobre algum dos jogadores que compõem o plantel. Não é verdade. A verdade é que confio no Marco Paulo e acho-o competente para levar a nau a bom porto. O que eu quis dizer é que a equipa precisa de acordar para a vida. Estamos na primeira Liga onde a competitividade tem que ser total. Quem não perceber isto, quem não for capaz de se assumir de corpo e alma neste projecto, tem que dar o lugar a outro.


Saudações azuis

sábado, fevereiro 08, 2014

O que dirá Marco Paulo?!

Ainda não ouvi o flash-interview, a emissão seguiu directamente para Setúbal, mas o nosso treinador não pode estar satisfeito com a exibição da equipa. Não pode estar satisfeito com a toada amorfa com que nos apresentámos na Choupana. Não me refiro à táctica, nem à estratégia, refiro-me à dinâmica, ao mordente, refiro-me também à cabeça dos jogadores. E isso é trabalho do treinador. Continuamos displicentes, a cometer erros infantis, ou seja, os adversários não precisam de se esforçar muito para que os golos apareçam! Desta vez, e depois de alguns disparates do nosso capitão, foi a vez de João Afonso facilitar oferecendo o segundo golo ao Nacional. E a partida ficou sentenciada.
Isto não pode continuar, sob pena de avançarmos para a segunda Liga muito rápidamente.
Quanto ao que os jornais dirão de nós amanhã, já adivinho. Como também adivinho que o nosso melhor jogador terá sido Miguel Rosa, ou não vivêssemos em pleno nacional-benfiquismo.


Saudações azuis

segunda-feira, fevereiro 03, 2014

O mau, o bom, e o óptimo!

O mau foi a cena das quotas! Por acaso não estava a chover, ainda assim pensei em desistir. Afinal o jogo dava na televisão. Felizmente apareceu um dirigente, Luís Silva, a reconhecer o erro e a autorizar a entrada a quem dispunha da quota 12/13 e respectivo cartão de época. Menos mau.

O mau também aconteceu durante o jogo, especialmente na primeira parte: - medo da bola em alguns jogadores e as patetices do costume. Exemplos: - arriscar em jogadas perto da nossa área, e ficar à espera que o árbitro marque falta! E o árbitro não marca e isso ia-nos custando um golo. Outro exemplo: - indecisões e percas de bola em zonas proibidas – na ressaca de um ataque - e eis que surge um chapéu a surpreender tudo e todos, incluindo o guarda-redes, excessivamente adiantado!

O bom, que bom já ter treinador a quem responsabilizar pela táctica, pela formação da equipa, pela intervenção durante o jogo, pelas substituições, pelo resultado!
E Marco Paulo esteve em bom plano. Não é muito exuberante, antes pelo contrário, mas tudo o que ontem fez, pareceu-me bem feito. E não era fácil. Lembremos o histórico de apenas duas vitórias na primeira volta, lembremos a goleada sofrida em Braga, nada disto moraliza e talvez explique a primeira parte demasiado contida.

O óptimo, foi aquela segunda parte, mais convicta, mais atrevida, as substituições a resultarem em pleno, os golos, óptimos, bem executados, a alegria dos sócios, a incredulidade de alguns, era verdade, estávamos a ganhar por dois a um adversário com pretensões.

O mau outra vez, aquele golo de chapéu, caído do céu, a intranquilidade, a pressão final do Braga…

O bom outra vez, os minutos a escoarem-se, a equipa a aguentar os três pontos…

O óptimo, não deixámos fugir Arouca, Vitória de Setúbal e Gil Vicente. Vamos lutar até ao fim.


Saudações azuis