terça-feira, outubro 06, 2015

Depois do prolongamento…

Bem andou o Belém Integral em desconfiar dos ‘leaks’. Dos ‘leaks’ e do resto. Bastou um frente a frente, um Benfica – Sporting um bocadinho mais renhido e lá ficámos a saber o que já sabíamos – que o futebol português é um pântano, onde os grandes manobram, fazem falcatruas, arruínam bancos, incentivam à violência, fazem o que lhes apetece perante o olhar complacente da comunicação social, da federação e dos poderes públicos. Dir-me-ão que foi sempre assim, claro, mas agora as coisas pioraram! E pioraram por duas razões – em primeiro lugar o bolo, por causa da crise, é cada vez mais pequeno; em segundo o Sporting apareceu mais reivindicativo, quer tratamento igual à dos outros dois concorrentes. E nessa lógica tem razão.

Costuma dizer-se – ‘zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades’! Foi o que Bruno de Carvalho fez ontem no programa da TVI 24. E goste-se ou não da figura, do estilo, temos que reconhecer que o presidente do Sporting deu um baile ao opinador que ali estava a defender os interesses do Benfica! Deu um baile e revelou aquilo que o Belém Integral também tem vindo a revelar, infelizmente com menos audiência.

A procissão ainda vai no adro mas desta vez será mais difícil abafá-la. A não ser que os restantes clubes, Belenenses incluído, continuem a prestar vassalagem aos três eucaliptos. Não ganham nada com isso.
Um exemplo: a centralização dos direitos televisivos num operador independente, e a distribuição equitativa das respectivas receitas é o caminho que está ser seguido nos países que têm um futebol competitivo e por consequência, rentável. É por isso que qualquer clube inglês ou espanhol do meio da tabela pode comprar jogadores que não estão ao alcance dos clubes portugueses. Incluindo os grandes. Se isto é assim, pergunto: - Para quando a adopção daquele modelo no futebol português?! Ou queremos continuar com a ditadura dos grandes?!


Saudações azuis

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