segunda-feira, janeiro 25, 2016

Como foi possível?!

Não é a primeira vez esta época, com o Rio Ave, e também no Restelo, estivemos com dois golos de vantagem e acabámos por empatar. Curiosamente pelo mesmo resultado! Na altura, era a primeira jornada, desculpa-se. Entretanto os erros defensivos persistiram e a equipa foi-se afundando na tabela. Mudou de treinador, mudaram alguns jogadores, a equipa começou a crescer, com toda a gente em movimento, mas ainda sofremos muitos golos.
Ontem depois de meia hora de bom futebol, como há muito não se via, chegámos aos 2-0, mas bastou um livre perigoso, uma falta que não se pode cometer, e sofremos logo um golo. A seguir a saída por lesão de um central que até estava a jogar bem, foi imediatamente aproveitada pelo adversário para nos apanhar em contra pé. Em menos de dez minutos, passámos do céu ao inferno. Como foi possível?!

Velasquez entra em cena e faz entrar um avançado (Juanto) recuando Ruben Pinto para central. A segunda parte iria começar sob o signo da imprevisibilidade. Confesso que temi o pior. Mas a equipa equilibrou-se, continuou a atacar, só que o espaço entre os sectores aumentou ligeiramente. Era por esse espaço que o Vitória contra atacava com perigo. Um Vitória de Guimarães obviamente moralizado com a reviravolta no marcador. Mas foi o Belenenses que ganhou nova vantagem através de uma oportuna recarga de Juanto. Velasquez faz então entrar um central (Gonçalo Silva) para o lugar do estreante (e já amarelado) Bakcic. Ruben Pinto recoloca-se no meio campo. O jogo entra em parada e resposta, era ganhar ou perder. Nem uma coisa nem outra, Dourado, com espaço livre à sua frente, arranca um remate indefensável e iguala o marcador (3-3)! Voltámos à estaca zero, voltámos a tentar o golo que nos daria os três pontos, mas com o aproximar do fim o Vitória de Guimarães parecia mais ameaçador e foi com algum alívio que ouvi o apito final do árbitro.

Destaques:

Individualmente os destaques vão em primeiro lugar para as caras novas – Bakcic, uma assistência e um golo, o jogo passa por ele com fluência, sem percas de bola, sem individualismos inúteis; Juanto entrou e marcou e não há melhor elogio para um avançado; Rafael Amorim é um central com bom toque de bola, e não estando isento de culpas no golo de Abou Saré (Saré cabeceou entre os centrais azuis) estava a ser útil quando se lesionou.
Quanto aos restantes todos cumpriram mas ainda assim sinalizo a subida de forma de Miguel Rosa (um golo e um remate que deu golo); a melhoria de Carlos Martins que, a jogar mais adiantado, se agarra menos à bola. Foi dele o cruzamento para o belo golo de Bakcic; e para Fábio Nunes que entrou muito bem na partida;
Finalmente uma palavra de conforto para Filipe Ferreira que estando ligado aos dois primeiros golos dos vimaranenses, fez uma boa segunda parte, apoiando as perigosas triangulações entre André Sousa, Miguel Rosa e Juanto, que acabaram por fazer mossa no último reduto adversário.


Saudações azuis

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