terça-feira, maio 03, 2016

O nacional benfiquismo existe mesmo!

Infelizmente não temos, nunca teremos um governo capaz de intervir no sentido de moralizar um pouco a batota institucionalizada que é o nosso futebol. E não temos porque a república está também ela mergulhada na mais vil corrupção. Aliás, e porque os exemplos vêm de cima, seria muito estranho que a corrupção e a batota não contaminassem tudo à sua volta! Nomeadamente o futebol que em Portugal não é indústria coisíssima nenhuma mas uma actividade subsidiada pelo poder político, pelos bancos falidos, em última análise pelos contribuintes. 

Portanto, quando se diz que no tempo do Salazar o futebol era o ópio do povo, agora o que podemos dizer é muito pior! Ópio é concerteza, mas em doses cavalares, e com uma diferença importante, a saber: - Salazar nunca deixaria que as finanças da nação se envolvessem nos negócios da bola. Ou que as autarquias trocassem investimentos úteis para as populações por obras em estádios sempre vazios. O mesmo se diga das empresas públicas (e semi-públicas tipo PT) ou dos bancos pseudo privados. Resumindo, esta insanidade que na Europa apenas existe em Portugal, e talvez na Grécia, ocupa práticamente todo o espaço mediático, com os políticos a falarem da bola e os presidentes da bola a falarem de política. Como disse, esta situação não augura nada de bom para ninguém. 
 
Hoje o problema central do país não é a conta da água que não pára de crescer ou os juros da dívida pública que hão de escravizar as gerações futuras,  não, hoje o problema  crucial tem a ver com a poupança de jogadores das equipas que vão defrontar Benfica ou Sporting! Ou em alternativa com as arbitragens habilidosas que põem fora de combate os jogadores que possam incomodar os mesmos Benfica e Sporting! 
No país nada mais interessa. E confirma-se o que sempre disse  - o nacional-benfiquismo existe mesmo e inclui o casalinho verde rubro.
 
Saudações azuis

Nota: Não falei do Belenenses porque em Portugal só existem três clubes. Os clubes do estado. Basta ligar a televisão para o comprovar.

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