quinta-feira, março 15, 2018

Factoring… até à eternidade!

De alta finança nada percebo pois se percebesse era rico. Da baixa finança, aquela ginástica que a maioria pratica tentando fazer chegar o ordenado ao fim do mês, dessa finança tenho umas luzes. Coisas mais complicadas como viver (à larga) à custa de um amigo de infância, isso é para artistas e eu não sou artista. E como também não sei viver a crédito do que fizer no futuro, como se o futuro fosse meu, estou tramado. Melhor dito, estou dessincronizado! Mas posso escrever sobre concorrência desleal, e posso inclusivé propor uma greve, simbólica já se vê, contra quem usa e abusa do ‘factoring’. Palavrão que significa receber adiantado sobre algo que ainda não aconteceu. Nomeadamente receber dinheiro por conta de transmissões televisivas que só vão acontecer nos próximos anos… ou séculos! Talvez todos os clubes o façam e por isso ninguém terá legitimidade para invocar concorrência desleal. O prato de lentilhas com que vamos vendendo a alma. Para maior despudor o argumento que já ouvi contra a centralização dos direitos televisivos na Liga invoca precisamente os contratos em vigor! Mas em vigor até quando?! Até à eternidade?! Eu sei que a lei estabelece uma limitação temporal para estes contratos mas mesmo assim… é muito tempo!

Já uma vez sugeri, façam-se as contas, pois é imperioso acabar com esta paródia no futebol português. Se os grandes clubes já recebem milhões nos jogos em que hoje participam, enquanto os adversários recebem tostões, estender essa desigualdade às próximas épocas, a título de factoring, é uma vergonha. E os clubes pequenos que o consentem não merecem existir. Algemas para toda a vida?! Não, obrigado!


Saudações azuis 

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